segunda-feira, 17 de março de 2008

Coisas realmente relevantes [2]

De todas as reformas que a prefeitura andou realizando em alguns pontos estratégicos da cidade, só reparei e senti na pele até agora a obra de reforma da Avenida Frei Serafim [principal sim, e nem adianta fazer essa cara]. Sempre caminhei por ela, e, devo admitir, obteve 100% de melhora, mesmo tendo sido destruída todas aquelas fontes que, embora não jorrassem água a anos e contribuíssem para a propagação do mosquito da dengue, servia perfeitamente para sentar numa bela sombra com amigos enquanto o ônibus não vinha.
Enfim, a melhora é notável. Nada mais de buracos de um calçamento velho e quebrado pelas raízes das árvores. A avenida está toda iluminada com postes que mantiveram aquele ar orignal, clássico, da época de sua construção [nunca parei pra pensar nisso, mas, constroem-se avenidas perto das casas ou as casas que são constuídas a margem das avenidas? Afinal, quem veio primeiro: o ovo ou a galinha? Existe vida após a morte ou vida extra-terrestre? Jesus, quem sou eu e o que faço aqui?]
As fontes arrancadas deram espaços a canteiros de plantas e banquinhos de madeira que os vândalos já começaram a riscar e quebrar. Foram instalados também lixeiros, e agora a gente não precisa mais andar tantos quilômetros com o palito de picolé na mão. As árvores antigas juntamente com os banquinho e as lâmpadas de alta potência ficam nas laterais do novo passeio construído, o que dá uma bela visão de corredor longo, uma espécie de boulevard teresinense.
Ou seja, uma melhora bem significaiva para pedestres e ciclistas que agora, inclusive, usam as rampas construídas especialmente para portadores de deficiência física para pegar embalo com toda velocidade e quase atropelar quem espera o sinal fechar para atravessar o cruzamento. E, ainda, acreditam veemente que aquela estradinha de piso tátil em cor destacada, é uma trilha maneiríssima para eles que, inclusive não possui uma árvore, banco ou lixeiro, pelo meio.
Os motoristas também não ficaram desfavorecidos não. Há um atalho grande, no meio da avenida, pintado de amarelo com uma cruz vermelha gigante e uma placa enorme com um desenho de proibido o retorno e escrito: 'Exceto ambulâncias em emergência', onde na hora do engarrafamento brabo de 6 da tarde, todo mundo faz a festa.
E agora, todo mundo pode esperar o ônibus tranquilamente nos banquinhos, rodeados de mosquitos nas luzes e tomando respingo dos canteiros.
Há um novo conceito de diversão inventado pelos jovens, que, a propósito, só vem a somar na cena da noite teresinense: encher a cara na avenida. Esse negócio de praça ou posto de gasolina já tá muito velho, após tantas inovações que custaram cerca de 1,5 milhão não acham? E, afinal de contas, vai virar cartão-postal da cidade, minha gente!
Obras que a gente ver! Obras que a gente sente! [na pele, a imbecilidade das pessoas]

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