segunda-feira, 12 de maio de 2008

Dedilhando

A gente nunca pode saber quando vai dá certo.
Ok, isso talvez já tenha sido usado em outras crônicas pra falar de amor.
Construir um sentimento desses é como tocar uma canção até o fim diante do público.
Talvez saia tudo errado, mesmo tendo sido planejado, ensaiado, esperado por tanto tempo. Mesmo tendo entrado na hora certa do refrão, sem errar nenhuma estrofe sem sair do ritmo. Dá-se um jeito, se for pra sair bacana, bonito. Talvez você gagueje, ou talvez não. Talvez alcance notas altas, ou talvez desafine. Talvez você cante naquele tom, ou talvez se perca um pouco. Mas sempre tem como mudar, caso você se esforce.
Mãos geladas, pernas bambas, coração na boca. Sensações comuns de quem lida com o acaso, o inesperado. Essa é a melhor e também, a pior parte. Encarar o público, não ter medo do novo. Não olhar para os lados e se manter calmo é fundamental para chegar ao fim. Errar uma nota ou outra, sem problemas, acontece.
A gente não pode prever se o público irá aplaudir.
A gente só pode se sentir bem e feliz.
Realizado, quem sabe.
E se a canção chega ou não até o fim, isso, ninguém nunca pode saber.

2 comentários:

Georgiana disse...

Eu sempre ganho o meu dia aqui.


[Georgiana]

Carlos Filho disse...

Ainda bem que não dá pra saber quando. Que alívio!